Vista panorâmica de Gravatá-PE

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sábado, 26 de dezembro de 2015

Um novo ano chega!

O ano de 2015 esta terminando e nos meses que passaram deste ano ocorreram muitos acontecimentos pelo mundo. Fatos ruins, bons, inacreditáveis, engraçados, inesperados, enfim  momentos que muitos querem esquecer ou lembrar por décadas  e décadas.

O mundo em que vivemos hoje nos parece que foi configurado, está curto em relação à distância e ao tempo. Os meses se passam com uma rapidez incrível, isso se explica pela instantaneidade das conexões entres redes e fluxos, além disso a vida das pessoas está cada vez mais sobrecarregada de atividades e de dupla jornada de trabalho.

No entanto quando chega o fim do ano fazemos uma retrospectiva de nossas vidas, analisando o que foi alcançado e o que falta ser conquistado. Novas metas são feitas para a realização de alguns sonhos. E é isso que desejo, que continuemos sonhando e acreditando na conquista de nossos planos, pois quando mantemos o foco, a determinação e a fé em algo que queremos conquistar o resultado sempre é positivo e esplendoroso. Acredite! Vá em frente! Você consegue! Até 2016 com mais reflexões sobre o dinâmico Espaço Geográfico! 

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

O espaço - tempo em nove momentos históricos

Olá alunos, geógrafos, professores, enfim leitores! Agora é o momento de pensarmos sobre o espaço geográfico, o espaço em que vivemos, trabalhamos, estudamos e fazemos dezenas de outras ações sociais, ambientais, políticas e culturais.
O espaço como já sabemos não é estático e sim dinâmico, ele sempre se encontra em movimento e isso faz com que ocorra uma mudança ao passar dos tempos. É muito importante estudar e pensar com mais calma sobre o espaço geográfico, pois somos cidadãos participantes de um sociedade complexa, precisamos entender nosso papel nesse espaço para podermos agir da melhor forma possível.
(Moreira, 2008) em seu livro Pensar e Ser em Geografia, organiza e descreve nove espaços que foram constituídos ao longo do tempo e da história geográfica.

1° Espaço

Dois acontecimentos marcam o início da história sobre a organização territorial realizada pelo homem e sua relação com o meio, a descoberta do fogo e a agricultura, nessa ordem. Com a descoberta do fogo o homem se protege, se aquece cozinha alimentos entre outras funções que passam a ter um significado importante na transformação do espaço, assim também a agricultura que permite uma nova organização desses espaços. Momento em que o homem passa de nômade a sedentário, permanecendo em suas áreas onde constituem territórios que serão utilizados com finalidade determinada. A partir daí aparecem os primeiros núcleos de povoamento. Estas populações vão criando, adaptando e selecionando os territórios e depois de um tempo há um novo espaço transformado e estabelecido.

2° Espaço

A cidade surge devido ao desenvolvimento da técnica que propicia o excedente agrícola, ou seja, a produção agrícola com a ajuda da técnica produziu uma grande quantidade de produtos que ultrapassavam o consumo doméstico esse excedente permite o desenvolvimento de atividades não agrícolas e a divisão social do trabalho. Na cidade que acaba de surgir os meios de transportes e comunicação passam a ter papel fundamental em relação à circulação dos produtos.

3° Espaço

Trata-se de um espaço vinculado ao poder, a diferenciação social da população, a luta de classes. O Estado surge como instituição. Período escravocrata, com paisagens de latifúndios comandadas pela classe senhorial que domina as outras classes que para estes são inferiores, exercendo poder sobre aquele espaço.

4° Espaço

Desenvolvimento do espaço moderno e da ideia de acumulação que surge devido ao excedente de produção, sendo o Estado o encabeçador desse modelo que passa a estabelecer um padrão de moeda, a diferenciação étnica, religiosa e linguística. E desta uniformização foi criado o território nacional. Outra mudança ocorreu nos meios de transportes terrestres, marítimos e fluviais.

5° Espaço

Ocorre uma mudança ambiental literalmente, período das trocas de longas distâncias de animais e plantas. Antes cada espécie permanecia em seu habitat natural, a partir desse momento há uma mistura de espécies em locais diversos. Cavalos, bois, ovelhas, arroz, café, cana não pertencem mais a uma única paisagem e sim a várias distribuídas no mundo. Isso foi possível pelo aperfeiçoamento nos meios de transportes, essas trocas mudaram tanto as paisagens como o próprio modo de vida dessas populações.

6° Espaço

A revolução industrial surge primeiramente na Inglaterra no século XVIII e vai se espalhando por outros países da Europa, depois passa para América com a representação dos Estados Unidos, logo após outros países europeus aderem a esse meio de produção e no século XX temos o Japão também inovando com a instalação e desenvolvimento da fábrica. E a cidade industrial moderna surge através da inserção das fábricas com suas máquinas à vapor localizadas nas áreas de extração de carvão ou de portos.
Essa nova configuração espacial causa uma crise agrária, ocorrendo disputas entre produtos coloniais e metropolitanos, aliás, os operários que trabalhavam nas indústrias e viviam nas cidades são os camponeses que antes viviam da agricultura.

7° Espaço

Período em que a segunda revolução industrial se espalha por todos os continentes. Em relação à produção de energia, a hidroeletricidade e o petróleo vêm acrescentar e desenvolver ainda mais o espaço. Com a utilização da eletricidade foi garantido uma maior flexibilidade ao território, diferente do carvão que permitia a localização das fábricas apenas em lugares próximos as jazidas. A hidroeletricidade era auto-regulável, possuía um funcionamento fácil com a opção de ligar e desligar as máquinas além de ter um custo menor em relação ao manuseio.
Ao passar do tempo os meios de transporte e comunicação vão tornando os espaços curtos, o mundo fica pequeno, o avião torna as viagens rápidas e seguras. E o rádio e a televisão deixam as pessoas informadas sobre o que acontece na sociedade.

8° Espaço

É através de uma sociedade capitalista que a mídia age em todos os espaços interligando e homogeneizando tudo e todos, ou seja, a identidade nacional, as diferenças culturais, os estilos de vida perdem um pouco a exclusividade. Os gostos, costumes, ações são compartilhados de norte a sul, leste, oeste. Exemplos: usar um tênis Nike, beber Coca-Cola, ter uma conta no Facebook. São ações que antes apenas um determinado lugar tinha o costume de fazer ou utilizar. Hoje as distâncias podem ser quebradas apenas com um clique de um celular, que pode ser encontrado em aldeias de índios e em países com baixo índice de desenvolvimento.

9° Espaço

Três importantes mudanças:
·         A globalização se instala de vez, momento em que há uma organização espacial que já vinha mudando há anos através da técnica e dos avanços nos meios de transporte, comunicação e informação.
·         A complexificação se trata de empresas que se reuniram em uma única organização de um determinado setor. Ex: Complexo agroindustrial
·        A Biorrevolução com dois campos principais: Engenharia genética e a Informática, revolucionando os processamentos produtivos e os meios de transferências. São dois campos que definem bem essa nova produção em uma sociedade globalizada.

Referência:

Moreira, Ruy. 2008. Pensar e ser em Geografia: ensaios de história, epistemologia e ontologia do espaço geográfico. São Paulo: Contexto.

sábado, 29 de agosto de 2015

O lado doce e amargo do açúcar


O doce sabor do açúcar nos alimentos é irresistível não é mesmo? Quando criança, esse desejo pelo doce é ainda maior, aliás, nosso primeiro alimento é o leite materno que é doce.
Atualmente somos bombardeados de doces nos supermercados, padarias, lanchonetes, são tantas variedades de formas, cores, perfumes e texturas que acabam chamando a atenção e o apetite de todos.
No entanto todo esse doce do açúcar trouxe momentos amargos na época da colonização de alguns países, um deles foi o Brasil. Para compreendermos melhor vamos voltar no tempo para esclarecer o que aconteceu naquela época.
A primeira atividade econômica no Brasil foi a exploração de pau-brasil, essa atividade se localizava apenas em determinadas regiões da costa litorânea, nesse momento histórico o Brasil não tinha tanto valor geopolítico. 

 Foi quando depois de três décadas da chegada de Cabral, Portugal implantou uma nova estratégia para garantir o domínio de suas terras, evitar possíveis invasões e obter espaço no campo geopolítico. Essa estratégia foi a colonização com objetivo de povoamento, valorização e defesa. Teve seu início com o cultivo da cana-de-açúcar, as características principais da economia colonial canavieira no Brasil são:
  • ·         Grande propriedade
  • ·         A monocultura para exportação
  • ·         Trabalho escravo




 Um das mudanças ocorridas foi a adoção do sistema de capitanias hereditárias para donatários que deveriam povoar, produzir e proteger as terras que foram doadas por Portugal.
A boa aceitação no mercado europeu contribuíram para a escolha da produção açucareira no Brasil, além disso, os portugueses dominavam o cultivo e fabricação do melaço devido experiências anteriores nas ilhas de Cabo Verde, Açores e madeira.
Outro motivo que contribuiu para a escolha da economia canavieira no Brasil foi as condições excelentes para o cultivo, principalmente Pernambuco e Bahia que se tornaram regiões importantes nos séculos XVI e XVII. A região possuía clima quente, chuvas e solo de massapê.
Observando a história da colonização brasileira é possível perceber as divisões de classes sociais de forma hierarquizada: no topo da pirâmide estaria o senhor de engenho, em seguida e logo abaixo os lavradores de cana e os escravos.



No período em que o açúcar esteve no auge e o engenho simbolizava poder, o produto em si era destinado apenas aos senhores de engenho ou transportados para Europa. Ou seja, enquanto nobres saboreavam o doce do açúcar nos alimentos que consumiam, os escravos aqui no Brasil sentiam o sabor amargo da produção açucareira.



Mas, como era o engenho? Como era o trabalho e vida dos escravos trazidos para o Brasil?


O engenho açucareiro se tratava do espaço mais significativo da colônia, era constituída pela casa grande onde morava a família do senhor de engenho; a senzala onde se localizava os escravos; a capela para ações religiosas; estrebarias; oficinas e engenho.


O trabalho escravo na produção de açúcar iniciou com os índios, no entanto no início do século XVII houve uma considerável redução de índios devido à guerra dos colonos e das epidemias que vitimaram muitos deles por causa desses fatos a mão-de-obra indígena foi substituída pela africana.

Os escravos africanos eram trazidos ao Brasil em navios, em média ficavam 600 escravos nos porões escuros, úmidos e quentes, se alimentavam mal, bebiam água suja, era um ambiente insalubre, propício à doenças, muitos não conseguiam sobreviver numa viagem que durava até dois meses e os que sobreviviam eram vendidos nos portos em leilões.

Vieram para o Brasil cerca de 4 milhões de africanos durante três séculos de escravidão. A jornada de trabalho era de 20 horas diárias sem interrupções, quando tentavam fugir eram castigados de forma cruel. Em relação à alimentação dos escravos pode se falar que era bastante precária. A senzala representava o lugar onde os escravos descansavam e não tinham nenhum conforto, a senzala possuía paredes de barro e telhado de sapé.


A escravidão imposta pelos colonizadores foi a representação de um ato desumano. De um lado estavam os senhores de engenhos que colocavam o poder como prioridade para o desenvolvimento da produção e de outro lado os africanos que eram levados de seu país, de sua família, de sua paz para viver e trabalhar de forma precária.

Após a leitura reflita um pouco sobre essa sede hegemônica de vários povos, a divisão de classes, o sofrido trabalho escravo que atualmente se apresenta em outros formatos moldados pelo capitalismo.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Utilizando o texto de apoio na aula de Geografia

Ao trabalharmos um tema em sala de aula temos vários recursos a escolher para facilitar a aprendizagem. Um material bastante interessante seria um texto de apoio que estimulasse  o aluno a refletir e a construir suas próprias ideias . Um texto interessante para trabalhar na disciplina de Geografia  seria, por exemplo, um relato do cotidiano.  
Então vamos abordar o terceiro ciclo de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais com o tema “A conquista do lugar como conquista da cidadania”. Vamos ao texto!

Metrópole e Município

Já passa das seis da manhã, o frio é intenso lá fora, milhares de pessoas se levantam para mais um dia de trabalho em uma metrópole brasileira. E para chegar lá é necessário pegar duas ou três conduções de ônibus e as vezes metrô também. No trânsito quando o semáforo indica vermelho, dezenas de pessoas passam com pressa, muita pressa, a maioria checa as redes sociais ao mesmo tempo em que andam. Há uma diversidade de etnias e estilos reunidos em um mesmo espaço, é como se um pouquinho de cada país estivesse ali naquela metrópole.

Aqui o sotaque é diferente, aliás, há muitas diferenças, falo de um município no agreste nordestino onde os pontos comerciais se encontram um ao lado do outro, chegar ao trabalho é uma questão de minutos, na hora do almoço é possível voltar para casa e almoçar com a família. Trânsito congestionado, só nas festas e como a população não está acostumada parece até uma eternidade esperar alguns minutinhos. Nas praças podemos encontrar duas ou três pessoas conversando tranquilamente em um banco.

No fim do dia é preciso fazer todo o trajeto de volta para casa, é muita correria, stress e cansaço no sudeste brasileiro. Nada melhor do que descansar, pois amanhã o dia começa e a jornada de trabalho também.

Mas não é só na cidade grande que o dia de trabalho é exaustivo, aqui no município do agreste nordestino a noite chega e junto a ela vem o cansaço resultante do dia inteiro.

Grande ou pequena, as cidades tem seu próprio ritmo econômico e social que irá ser refletido na população, na maneira como trabalham se divertem se relacionam e vivem.

Sherla. K. Santos

Analisando o texto

O texto nos convida a refletir sobre duas realidades opostas: uma metrópole e um pequeno município. E no decorrer do relato podemos observar claramente as diferenças.
No primeiro parágrafo podemos destacar uma metrópole extremamente agitada, onde é preciso acordar cedo para chegar ao trabalho devido as distâncias de um lugar para outro, a tecnologia bem presente na vida social das pessoas, e a questão da diversidade de etnias existentes, podendo ser abordada a questão da imigração ocorrida no Brasil, seu contexto histórico e a contribuição desses imigrantes para a nosso país.

Nota-se que no segundo parágrafo há uma mudança na narrativa, se trata de um município, desta vez foi falada especificamente a região (agreste nordestino). Daí por diante se observa que a estrutura comercial é bastante pequena, diferente da metrópole, o trabalhador não precisa pegar ônibus, podem ir ao trabalho a pé, voltar para casa na hora do almoço, reencontrar a família, descansar e voltar ao trabalho. Trânsito congestionado nesse município não é um problema.

No terceiro parágrafo é desvendada a região onde se localiza a metrópole: sudeste, terminando com um dia cansativo e estressado. Mas é importante observar que no quarto parágrafo deixa bem claro que tanto uma cidade quanto outra o trabalho é semelhante, tem seu stress, tem cansaço, no entanto cada uma com suas particularidades.
Para cada uma das populações o lugar onde se vive é representativo, tem seus pós e contras, mas não deixa de fazer parte de sua realidade e passa a ter um valor significativo. Na mesma medida em que somos reflexo do meio em que vivemos, também influenciamos este meio.

Este texto foi feito para que o aluno trabalhe essa questão de interpretar o meio através de um relato do cotidiano. Podemos ver que é possível abordar vários temas com uma pequeno e simples texto como este. E de acordo com os PCNs trabalhamos alguns temas como:

. O lugar como a experiência vivida dos homens com o território e paisagens.

. O imaginário e as representações da vida cotidiana: o significado das coisas e dos lugares unindo e separando pessoas.

. O lugar como espaço vivido mediato e imediato dos homens na interação com o mundo.

. O mundo como uma pluralidade de lugares interagindo entre si.

. A cidadania como a consciência de pertencer e interagir e sentir-se integrado com pessoas e lugares.

. O drama do imigrante na ruptura com o lugar de origem tanto do campo como da cidade.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

2. Reflexões de fragmentos: Meio Ambiente



"A Geografia possui teorias, métodos e técnicas que podem auxiliar na compreensão de questões ambientais e no aumento da consciência ambiental das crianças, jovens e professores. O conhecimento dos problemas e a consciência ambiental podem contribuir na busca de soluções possíveis, para que a sociedade enfrente os complexos desafios que mexem com múltiplos interesses, tanto locais como internacionais".

(Pontuschka, N.N, Paganelli, T. I, Cacete, N.H. Para Ensinar e Aprender Geografia, 2009).

Realmente a Geografia é uma ciência facilitadora quando o assunto é compreensão do meio ambiente. É sabido que existem relações entre homem e meio, onde um está integrado ao outro e a Geografia aborda estas questões sociais e ambientais propondo a análise, a reflexão e indo fundo para descobrir: O que? Quando? Onde? e Como?
É importante lembrar que o meio ambiente é um dos temas transversais e deve ser abordado por todas as disciplinas escolares, através de aulas que mostrem aos alunos a realidade vivida por eles, podendo desta forma fazer associações, tornando o assunto compreensível e amplo, unindo a biologia, geografia  e história ou física, matemática e geografia, entre outras mais.
Estamos na semana do meio ambiente e geralmente muitas escolas irão abordar este tema, passar filmes, trabalhos, seminários, terão teatros, comemorações, passeios, uma variedade de planos de aula com a temática.
No entanto sendo esse um tema transversal, não pode ser abordado apenas na semana do meio ambiente e sim frequentemente. Não devemos negligenciar algo tão importante para a sociedade. Ainda é bem comum pensar o meio ambiente como algo que está fragmentado da sociedade, ou seja, uma ideia de que devido as florestas se localizarem em um determinado ambiente com animais que estão distante das maiores cidades é bem provável que não há nenhuma interferência na sociedade e em nossas vidas. Correto? É claro que não! Só para ter uma ideia, a floresta Amazônica influencia o clima mundial, além desse exemplo a vários que nos mostram a importância da relação do meio ambiente e da sociedade.
Muitos podem até imaginar que uma simples ação não irá afetar o meio ambiente, como por exemplo jogar um papelzinho no chão, mas você esquece que há milhões de pessoas vivendo em uma cidade tendo a mesma atitude, então de papelzinho em papelzinho o que vemos hoje são incontáveis rios contaminados cheios de lixos.
Muitos também pensam: Minha atitude de não jogar esse papelzinho não vai fazer a diferença, não vai amenizar a situação, já que todos jogam lixo no chão. Mas se daqui a alguns anos a maioria das pessoas pensar em não jogar lixo nas ruas, rios e deixar de lado atitudes insustentáveis, aí sim veremos a diferença.
O que eu quero lhes dizer é que as crianças de hoje devem crescer conscientes da sua responsabilidade com o meio ambiente. Nós professores precisamos formar cidadãos capazes de mudar para melhor a situação do meio ambiente. Com certeza cada vez mais teremos pessoas com atitudes sustentáveis. Não vai ser apenas um entre milhões que não jogará um papel no chão, serão milhões que vão achar um absurdo jogar lixo no chão entre outras práticas insustentáveis. Portanto para mudar a visão das pessoas não basta apenas um dia tem que ser um processo prazeroso, constante e fácil de aplicar.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

1- Reflexões de fragmentos: Aquecimento global


No outono passado, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), que reúne centenas de cientistas sob os auspícios das Nações Unidas, divulgou o seu quinto relatório nos últimos 25 anos.
O documento reforçou, de forma ainda mais acentuada e clara, a visão consensual da comunidade científica mundial: a temperatura na superfície do nosso planeta  aumentou cerca de 0,8 °C  nos últimos 130 anos , devido às atividades humanas, entre elas o uso de combustíveis fósseis. Muita gente nos Estados Unidos, no Brasil e em outros países ainda tem dúvida quanto à validade desse consenso ou está convencida de que os ambientalistas vêm recorrendo à ameaça do aquecimento global para se contrapor ao livre mercado e à sociedade industrial.

National Geographic Brasil. Abril, 2015.

A reportagem de capa desta revista aborda a resistência das pessoas no mundo todo em aceitar algumas questões que a ciência afirma como verdadeiras, através da pesquisa científica.
Um dos temas em questão é o aquecimento global, um assunto polêmico que gera opiniões divergentes. 
De um lado estão os cientistas, ativistas que divulgam e alertam sobre os problemas ambientais e a interferência do homem sobre os recursos naturais e de outro lado estão aqueles que são contra e não acreditam que o planeta esteja passando por um momento crítico e acabam divulgando e fazendo todos acreditarem que o aquecimento global é uma farsa, que o planeta passa por um período de aquecimento normal, que o nível do mar está subindo em um nível despreocupante, o clima está perfeito,  e que o planeta não permanece em total equilíbrio por isso sempre haverá alterações normais.

É correto afirmar que o planeta passa por alterações, que ele é dinâmico, no entanto os níveis de gases tóxicos,de temperatura e do mar se encontram elevados além do considerado normal, além de um aquecimento natural do planeta.
O que torna mais preocupante nesta história é que ao divulgarem "a farsa do aquecimento global", a população em geral irá pensar que tudo está certo com o planeta e que está liberado desmatar, poluir, desperdiçar, queimar, pois se fazermos isso não estamos prejudicando nem alterando o nosso planeta. Esse é um pensamento totalmente irresponsável.

De acordo com a revista, menos da metade dos americanos acredita que a temperatura do planeta está aumentando por estarmos consumindo combustíveis fósseis. Essa tendência de opinião vem sendo exposta há alguns anos atrás quando os Estados Unidos não assinaram o Protocolo de Kyoto que se trata de um acordo internacional que visa a redução da emissão de poluentes que aumentam o efeito estufa do planeta.

A verdade é que este assunto vai direto contra a produção capitalista. Países com alto poder econômico não estão dispostos a mexer no que está dando certo, ou seja, alterar as produções industriais para proteger nosso planeta.

Portanto para grandes empresas é mais fácil divulgar a farsa do aquecimento global do que fazer parte daqueles que se comprometem em reduzir as emissões de combustíveis fósseis.
Enfim o aquecimento global é um tema que deve  continuar sendo divulgado na mídia com o objetivo de orientar a população, mostrar que nossas ações no planeta devem ser responsáveis e reflexivas, pois toda ação gera uma reação e esta pode ser negativa ou positiva. O que iremos receber vai depender de nós mesmos.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Tempo e Clima


Os conceitos de tempo e clima sempre causam uma certa confusão por serem definidos como sinônimos, no entanto são duas noções diferentes. Vamos diferenciá-los!

Tempo= Refere-se a um momento atmosférico, são eventos que ocorrem na atmosfera e mudam suas características em questão de dias ou até mesmo horas. A narração abaixo explica melhor o que acabo de falar.

Daniel  ____ Quando cheguei à escola as 07:00 h 30 min. estava chovendo muito! Olhei a internet e vi que a temperatura era de 14 °C, sorte minha! Estava agasalhado e com guarda-chuva.  No fim da aula, às 12:00 horas o sol estava bem presente no céu, não chovia e a temperatura chegou a 19°C. À noite na hora do jantar choveu muito novamente e a temperatura era de 12° C. Neste dia o tempo mudou bastante!

Clima= Conjunto de condições atmosféricas que permanecem com as mesmas características e se definem por padrões estabelecidos após pelo menos trinta anos de observações, portanto possui uma "certa" estabilidade. Vamos ao diálogo!

Paula   ____ Onde você mora e como é o clima de lá?
Renata____ Moro em Manaus, uma cidade muito quente e úmida, com clima equatorial devido a sua localização próxima à linha do Equador e você onde mora?
Paula   ____ Moro no Paraná, o clima é Subtropical , verão quente e inverno rigoroso, bem frio, e possui estações bem definidas.

O diálogo acima nos mostra que estas regiões possuem uma característica climática quase constante, ou seja permanecem assim por muitos anos e as pessoas reconhecem tais características, porém não podemos afirmar que o clima é estático, nele há mudanças , mas estas alterações ocorrem lentamente
se formos comparar com o tempo.

Para entender como acontecem as mudanças atmosféricas vamos voltar o assunto em uma parte introdutória e começarmos com a própria atmosfera.

A atmosfera funciona como uma proteção da superfície terrestre, evitando o impacto direto de meteoros, além de evitar que o calor recebido do sol retorne rapidamente ao espaço. Trata-se de uma massa gasosa que envolve a superfície do globo terrestre. Nessas existem algumas camadas que se diferenciam pela temperatura, conforme a altitude vão ocorrendo mudanças na atmosfera.
A camada inferior da atmosfera é denominada troposfera, onde os fenômenos do tempo atmosférico e a turbulência são mais marcantes. As próximas camadas que seguem são: Estratosfera, Mesosfera, Termosfera. Entenda melhor a distribuição dessas camadas através da figura.



Os elementos formadores do Clima
Dentro do conceito de clima há alguns elementos que fazem parte dele e agem na atmosfera, assim como: a temperatura, a umidade e a pressão.

Temperatura

Resultado de imagem para temperatura

Trata-se do estado térmico da atmosfera que é mensurada por meio de termômetros expressos em graus Celsius ou Fahrenheit. Em se tratando de temperatura não podemos deixar de falar de Amplitude Térmica que é a diferença entre as temperaturas máximas e mínimas. São registrados em termômetros específicos onde é calculado a maior e menor temperatura em relação ao dia, semana, mês e até ano. 
A temperatura irá variar e ser influenciada por características geográficas da superfície terrestre como a latitude, altitude, maritimidade, continentalidade, da distância hídrica, relevo, ventos e correntes oceânicas.

Latitude
A latitude é representada por paralelos, são linhas imaginárias que cortam o planeta horizontalmente, quanto mais próximas do centro mais quente será a região quanto mais distante do centro e próximo  dos polos mais frio será, dizemos então neste caso que a latitude é alta. Portanto regiões na linha do Equador recebem o calor do sol diretamente enquanto que nos polos a incidência solar é inclinada e consequentemente será mais frio. 

Altitude
Em se tratando de altitude vamos entender que o calor é irradiado da superfície terrestre para cima, então o calor bate na superfície e vai subindo, mas a cada 200 metros que sobe a temperatura cairá 1°C. Quanto maior a altitude menor será a temperatura, como exemplo: o Planalto da Borborema, cidades localizadas nessa região possui temperaturas mais baixas do que as que ficam em menores altitudes.

Distância hídrica
Regulador da temperatura do ar reduzindo a sua amplitude anual.

Continentalidade
De acordo com Varejão Sila (2001), a continentalidade corresponde à influência causada pelo oceano e é normalmente expressa pela distância do mar, tomada na direção do vento dominante.
No interior dos continentes há uma baixa amplitude térmica, pois as rochas são boas condutoras de calor, durante o dia o continente recebe a incidência solar e se aquece rápido, à noite acontece o resfriamento do continente, com a água do mar ocorre o contrário, durante a noite  a água começa a se aquecer através do calor recebido durante o dia por isso dizemos que a água é má condutora de calor,  a temperatura na região permanece elevada, e nessas áreas não acontece uma diferença considerável entre as máximas e mínimas temperaturas. Ex:. Nordeste brasileiro, deserto do Atacama e deserto do Saara. O fator Maritimidade por está relacionado com a Continentalidade também terá as mesmas influências no clima, como o próprio nome diz se refere à proximidade com os oceanos e assim como a continentalidade irá trazer às regiões próximas amplitudes térmicas baixas.

Ventos e correntes oceânicas
Podem transmitir por advecção (deslocamento de massa de ar no sentido horizontal) o calor ou o frio de uma região para outra. A partir do deslocamento das características térmicas da área de origem.

Umidade do ar
Falar em umidade do ar é o mesmo que dizer que há presença de vapor d'água na atmosfera. A atmosfera comporta apenas 4% de vapor d'água que significa 100% de umidade relativa.
E o que quer dizer umidade relativa?
Nomenclatura dada para descrever a presença de vapor existente no ar e o ponto de saturação é 4% de vapor = 100% de umidade relativa. Depois desse ponto de saturação, a atmosfera cessa sua capacidade de absorver o vapor d'água. E o que acontece depois?
O ciclo hidrológico continua e a água cai na superfície em forma de chuva.
A umidade do ar pode atingir temperaturas baixas ocorrendo orvalhos, geadas, nevoeiros e nuvens.

Orvalho
São gotas de água que geralmente se formam ao amanhecer ou anoitecer quando a temperatura registrada é mínima cobrindo a superfície com uma película ou camada dessas gotas d'água.

Geada
Quando o resfriamento do ar chega a uma temperatura de 0°C ou abaixo com massas de ar frio.

Nevoeiros
Formam-se por causa do movimento vertical de ar úmido, como na convecção ( é a forma de transmissão do calor que ocorre principalmente nos fluidos, como os líquidos e gases). Portanto nevoeiros são pequenas gotas de água que ficam em suspensão na troposfera.

Como ocorrem as precipitações ( chuvas)?

Através de uma nuvem saturada de vapor de água e uma camada de ar frio. Para ser formada esta nuvem saturada inicialmente passou pela condensação e sublimação, logo depois as gotas de água serão produzidas, porém estas precisam crescer  o suficiente para não serem levadas pelas correntes do interior das nuvens devendo atingir a superfície antes de serem  evaporadas.

Tipos de chuva

Pressão atmosférica

É basicamente o peso do ar, são moléculas de gases na atmosfera sobre uma superfície, resultado da gravidade da Terra. A pressão atmosférica pode variar devido a altitude e temperatura. Na altitude quanto maior a altitude menor é a coluna de mercúrio e maior a rarefação do ar ( diminuição da densidade e do peso). um exemplo é a cidade de La Paz, na Bolívia, devido as altitudes serem elevadas na Cordilheira dos Andes haverá uma dificuldade em respirar, já que existe uma quantidade menor de oxigênio. Em relação a temperatura, com o aumento dela o ar passa a ficar rarefeito e com menor pressão, devido a dilatação das moléculas. Com as temperaturas baixas há uma compressão das moléculas, o ar fica mais denso e com maior pressão. É o que explica este esquema que indica as áreas frias como dispersoras de ar e as áreas quentes receptoras.



sexta-feira, 13 de março de 2015

Gravatá:122 anos de história

Centro de Gravatá

Gravatá, nome dado a uma bromélia que na língua Tupi significa mato que fura também é o nome de um município localizado na mesorregião Agreste e na microrregião do Vale do Ipojuca no estado de Pernambuco, cujos primeiros habitantes eram índios Tapuia Cariri que viviam numa estrutura bem diferente da qual vemos hoje, pois no final do século XVIII Gravatá era uma fazenda de gado e pertencia a Justino Carreiro Miranda.

Em relação aos aspectos físicos, o município possui uma beleza que em muitas situações é sutil e em outras extravasa, principalmente pelo fato de está situado  no topo da Serra das Russas, no Planalto da Borborema, região montanhosa com serras e vales profundos, com 447 metros de altitude, garante a população de aproximadamente 85 mil habitantes um dos cinco melhores climas do mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde com temperatura média de 22 graus Celsius.





Além do clima agradável, Gravatá possui estrutura muita charmosa, repleta de chalés, loteamentos, prives com arquitetura alpina que chama a atenção dos turistas sendo conhecida como a Suíça Pernambucana. Estes privês deram início na década de 70 e eram adquiridos por famílias recifenses que visitavam o município para apreciar o clima de montanha geralmente nos fins de semana. Até hoje os recifenses curtem este estilo de vida.

 A população flutuante cresce a cada ano, principalmente nas datas festivas do município e isto acaba desenvolvendo a economia local, assim como também o ecoturismo tem uma grande parcela no desenvolvimento do município oferecendo trilhas na Mata Atlântica e atividades com muita adrenalina como o rapel na Ponte Cascavel.
Ponte Cascavel


O polo moveleiro é outro destaque desta região que possui uma rua específica com pontos de comércio que vendem artesanatos de madeira, rendas, biscuit, tecidos, todos feitos por artesão locais, além de peças como cristaleiras, cabideiros e  bancos feitos de angelim, jatobá e cipó. São lojas que possuem arquiteturas tão graciosas e com tanto capricho que encanta qualquer observador.
Polo Moveleiro

Não poderei deixar de falar da culinária gravataense, oferecida em diversos restaurantes do município. Este é outro atrativo que conquista os turistas, pois é considerado um dos polos gastronômicos que mais se destacam em Pernambuco, entre os pratos oferecidos temos: a buchada de bode, fondue, churrasco, peixes, saladas orgânicas, massas e molhos italianos. 
O município realiza todos os anos o Festival Gastronômico de Gravatá, onde são criadas receitas, as mais diversas. Trata-se de uma oficina de chefes organizado pelo Sebrae.

Vale destacar também a plantação de flores que se encontra em segundo lugar na produção de clima temperado. As mais cultivadas são: rosas, crisântemos,gérberas, gladíolos, celsas, tangos e hortência.
Plantação de flores


Bom, aqui foi descrito um pouquinho de Gravatá, o município onde moro, inclusive a foto panorâmica que se encontra na capa do blog é de Gravatá. Como deu para perceber Gravatá é uma terra hospitaleira e todos que vivem aqui estão de braços abertos para aqueles que vem conhecer e curtir os seus encantos.

Estação do artesão de Gravatá


Polo Moveleiro

Privê Serra do Maroto
Pousada Pôr-do-sol

Privê Cruzeiro da Serra

Polo Moveleiro

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Cidadãos críticos

Não é recente a questão de muitas pessoas acharem a disciplina de Geografia chata, cheia de nomenclaturas e sem nenhuma utilização lógica. Na verdade quem acha alguma coisa é porque não conhece realmente o que se está falando. Se soubessem falariam: eu sei o quanto a Geografia é importante para a sociedade e que com ela nos tornamos mais críticos em relação as coisas que acontecem no mundo.
Ser crítico não é julgar, nem utilizar palavras negativas para diminuir algo ou alguém e sim exercitar a compreensão da dinâmica do mundo, é colocar sua opinião em evidência sobre fatos cotidianos ou até mesmo antigos, ser construtor de suas próprias ideias.
Se a população fosse mais crítica sabe o que aconteceria? Haveria uma maior cobrança por parte de todos sobre os seus direitos na sociedade, questões como educação, saúde, transporte e segurança estariam sendo colocados em discussão de forma constante e desafiadora.
Mas por que a Geografia ainda é vista de uma maneira tão sem graça, sem sal, sem açúcar? Posso lhes dizer que a Geografia é uma ciência favorável no desenvolvimento de cidadãos críticos, pois com ela percorremos o meio físico e humano, além da abrangência que nos coloca a par das dinâmicas que aconteceram a muito tempo atrás e as que vivemos hoje.
O problema está na maneira pela qual a disciplina vem sendo ensinada, desassociada da realidade do aluno, o que a torna sem função simbólica. Cabe ao professor estimular o senso crítico existente em cada aluno, através de atividades reflexivas sobre os fatos que acontecem sempre lembrando de associar o assunto com algo próximo a vivência do discente.
Vale ressaltar que a Geografia se tornará prazerosa de estudar quando atribuirmos a ela significado, realidade, discussões e reflexões, no entanto utilizá-la de forma vaga é a maneira mais fácil e ligeira de torná-la chata.
Portanto, nós professores de Geografia temos em mãos uma disciplina que tem tudo para transformar o aluno em um cidadão crítico, basta apenas modernizar tais práticas pedagógicas tradicionais e enxergar a geografia realmente como ela é: dinâmica e atual. 

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Categorias de análise da Ciência Geográfica

O espaço geográfico trata-se de um espaço transformado pelo homem, o resultado da articulação entre sociedade e natureza. E por ser dinâmico e complexo são construídas relações naturais, sociais, políticas, econômicas e culturais. A partir dessas relações iremos analisá-lo por meio de várias categorias, assim como: paisagem, território,região e lugar .

Paisagem

Fernando de Noronha,Pernambuco

É uma das categorias mais antigas,sendo bastante utilizada, no entanto anteriormente era abordada de maneira fragmentada. De um lado analisava a paisagem natural e de outro a modificada pelo homem. Hoje há interações onde é observado ao mesmo tempo vários aspectos.
Um dos conceitos mais conhecidos desta categoria é o de Milton Santos, ele entendia a paisagem como a expressão materializada do espaço geográfico, ou seja, tudo o que vemos diante de nossos olhos e não é apenas formada de volumes, mas também de cores, odores, movimentos, sons etc.
De acordo com Giometti, Piton e Ortigoza " A paisagem conjuga o passado, o presente e nos aponta o futuro, em uma convivência de diferentes temporalidades que faz de cada uma delas única.

Agora vamos analisar a imagem!
                                                Edifício Coplan em São Paulo

O edifício Coplan localizado no centro de São Paulo se trata de uma paisagem transformada pelo homem, na parte física visualizamos a sua ondulação uma característica marcante do arquiteto Oscar Niemeyer, na questão histórica podemos afirmar que passaram quatro décadas de sua inauguração e com certeza muitas histórias e vivências desenrolaram neste processo. Outro ponto a destacar é a função desempenhada por esta paisagem que se trata do maior edifício residencial da América Latina, além de possuir em seu térreo uma área comercial. Portanto uma paisagem tem a capacidade de nos passar várias informações não se resumindo apenas a forma e sim a um conjunto de respostas para as nossas perguntas.

Território


É um conceito bastante significativo na análise do espaço geográfico e que ao passar dos tempos acaba ganhando novos personagens e mais destaque no mundo competitivo em que vivemos. Falar de território é falar de espaço de poder, de domínio e organização. Hoje em dia é bastante frequente na mídia as notícias sobre conflitos territoriais, como a Faixa de Gaza. Então você poderia me perguntar: Quem tem o domínio e quem é influenciado no espaço geográfico? Na realidade são vários atores que agem de acordo com seus interesses de forma informal ou formal, escolhendo apenas aqueles que pertencem ao território e excluindo outros.
Além de sabermos da associação entre território e poder é interessante analisarmos o conceito através da vertente de Rogério Haesbaert, segundo esse autor o território pode ser entendido no sentido político, assim como a divisão territorial do Brasil cujo objetivo seria a facilidade para administrar tais espaços; no sentido cultural ou simbólico-cultural e como o próprio nome afirma há um valor que expressa a cultura de algum povo ou grupo, como exemplo posso citar os territórios indígenas; no sentido econômico como exemplo temos a área do ABC Paulista que tem um considerável poder de influenciar estabelecendo relações com diversos setores da sociedade. 

Região


Trata-se de um conjunto de lugares com características semelhantes entre si e diferentes em relação a outro grupo. As condições opostas darão a cada região uma particularidade.
Vamos ver alguns exemplos: comparando a região norte e a região sul do Brasil podemos apontar algumas diferenças. No norte a região possui extensão bem maior e temperaturas elevadas diferente do Sul. Estas são apenas duas particularidades existentes entre dezenas de outras.
O conceito região também pode ser relacionado a domínios naturais: Mata Atlântica, Caatinga, Pampas, Amazônia e Cerrado.Outro conceito que se encaixa na categoria é o industrial, no Brasil há vários se destacando como o ABC Paulista e o Polo industrial de manaus.

Lugar

Esta categoria nos remete a ideia de algo simbólico, carregado de afetividade, de sentimento. Segundo Yu-Fu-Tuan o lugar é criado pelos seres humanos para os propósitos humanos. Em resumo o lugar é uma dimensão cultural é identidade é cotidiano. 
O lugar pode ser entendido numa escala micro ou macro vai depender da afinidade de cada um por um determinado lugar, por um espaço vivido. A seguir irei distribuir várias imagens, prestem atenção!
                                                      Fig.1      Praça
Uma praça pode ser o local para a leitura ou para a brincadeira das crianças todos os fins de semana (Fig.1).
                                                 Fig. 2   Ribeirinhos
Na imagem 2 dos ribeirinhos, o rio torna-se o lugar onde são desenvolvidas as atividades cotidianas: pesca, navegação e lazer.
                                                        Fig. 3 Escritório em residência
Em uma escala menor na fig.3 podemos observar um cômodo da casa, nesta caso se trata de um escritório  que pode significar algo bastante representativo para quem trabalha e passa a maior parte do seu dia. 
Fig.4    Ambientes com temperaturas amenas

Na fig.4 em lugares mais frios acontece a adaptação desenvolvida pela vivência que torna aquele lugar agradável, único e simbólico para aquela população.
                                              Fig.5  Favela em Salvador Bahia
Na fig.5 temos a favela de Salvador Bahia que para muitos turistas que visitarem tal área observarão como um lugar qualquer com ruas, becos, casas, no entanto para um morador daquela favela este é o lugar onde ele estabelece as suas principais ações diárias onde a sua vida acontece e se desenvolve, um ambiente recheado de histórias particulares de lutas e conquistas.

E para você, qual é o lugar mais representativo em sua vida? Pense, reflita!