Uma vida repleta de incertezas, infelizmente é a maneira como vivem os damasquinos. Devido os protestos contra o governo, o subúrbio é bombardeado frequentemente pelo comando de Bashar al Assad, resultando em mortes, destruição do patrimônio cultural e milhares de refugiados para áreas protegidas.
As muralhas romanas da mesquita Umayyad ainda representa um lugar seguro, porém não se sabe até quando elas continuarão firme, pois a destruição é vista em toda parte e a velha damasco não é mais a mesma, atualmente não há turistas, estudantes, sossego ou diversão.
Nota-se que o conflito interfere radicalmente na vida social desses damasquinos, além de modificar a dinâmica natural de bares, restaurantes e variados tipos de comércio, pois muitos deles foram fechados, devido aos bombardeios sobraram apenas ruínas.
Em uma viela um vendedor de especiarias explica a sua história e fala que fugiu para proteger suas filhas, abandonando o seu bairro e um trabalho bom de vendedor de carros, agora ganha 7 dólares por mês. (National Geographic, mar. 2014).
Uma minoria da população vive tranquilamente, tais como empresários, políticos e outros profissionais da elite, porém na mesma cidade em uma região fora da área de segurança ocorre uma realidade diferente, onde não se sabe o que pode acontecer.
A situação dos refugiados é incerta, muitos saem de suas terras com a roupa do corpo, perdem seus empregos, seus comércios para se alojarem em áreas sem estrutura e conforto, mas são nessas regiões que eles conseguem garantir a sobrevivência de seus familiares, pois precisam sair da zona de perigo e se refugiar em locais tranquilos e seguir a vida a procura de paz.
Um problema que surge no meio de tantos outros em relação aos refugiados e que interferem no futuro das crianças se trata da ausência da educação, muitos deixam a escola e não conseguem voltar, começam a trabalhar muito cedo para ajudar com as despesas de casa e acabam se casando muito jovens. Enquanto que milhares de pessoas saem do lugares em que nasceram, os conflitos e os bombardeios permanecem nos subúrbios de damasco, o povo pede paz, pede de volta a velha Damasco, sossegada, com seus comércios e encantos.
Fotografado por Lynsey Addario
Na imagem acima é possível perceber a preocupação desse homem que espera o irmão chegar no campo dos refugiados, ele se encontra com alguns pertences, cabisbaixo em meio ao lixo deixado por outro grupo de refugiados, não se sabe como irá enfrentar as dificuldades do dia-a dia, sem moradia e emprego, a situação destes refugiados é um grave problema a ser enfrentado em uma cidade que vive em conflitos.
Fonte utilizada: Barnard, Anne. National Geographic. Damasco. Março de 2014, p. 28.
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